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Drosophila e Cactos: modelo para o estudo evolutivo

- Dr. Me. Fábio de Melo Sene

 

http://lattes.cnpq.br/4056494363925280

Palestra 07. 20/05, 19h - 20h30

 

 

     Na parte inicial da minha apresentação falarei um pouco sobre o método científico e sobre os procedimentos para o delineamento de um projeto de pesquisa. Na sequência falarei sobre o nosso projeto de pesquisa.

     O projeto do nosso Laboratório de Genética Evolutiva tem como objetivo geral contribuir para o entendimento dos mecanismos responsáveis pela diferenciação das populações de espécies de Drosophila, de áreas abertas, na América do Sul, o que permite lançar hipóteses sobre como ocorreram as especiações em regiões tropicais, responsáveis pela grande diversidade da fauna destas áreas.

     Entre os grupos de Drosophila, as espécies cactófilas constituem um modelo biológico de interação inseto/planta/leveduras muito importante para estudos populacionais, de interação biológica, evolutivos, sistemáticos e biogeográficos. As espécies de Drosophila cactófilas da América do Sul pertencem ao “cluster” buzzatii e vêm sendo extensivamente estudadas pelo nosso grupo há 39 anos, através de diferentes marcadores, com o objetivo de se entender os processos evolutivos envolvidos na determinação da distribuição geográfica das suas espécies e estrutura intra e inter populacional. Este “cluster” é composto atualmente por sete espécies nominais endêmicas da América do Sul, com exceção de D.buzzatii que se tornou semicosmopolita por ação do homem. A hipótese de diferenciação histórica para este grupo considera vicariância e associações aos eventos de expansão e retração das cactáceas ocorridos no passado como consequência dos ciclos glaciais, influenciando os padrões de distribuição das espécies e estruturas populacionais observados hoje.

     Apesar da relativamente grande quantidade de informações derivadas de análises de distintos marcadores, as relações filogenéticas entre as espécies do “cluster” buzzatii não estão completamente estabelecidas. Análises populacionais em algumas espécies mostraram clinas, identificados através de distintos marcadores, incongruências entre marcadores morfológicos e moleculares, principalmente em populações limítrofes de diferentes espécies, sugerindo contato secundário com introgressão

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