top of page

Fungos: Uma potente fábrica de metabólitos, matéria-prima para as ciências básica e aplicada.

- Dra. Rosymar de Lucas

 

http://lattes.cnpq.br/2542004253579554

Palestra 6. 19/05, 14h – 15h30

 

   Dentre os organismos existentes, depois dos insetos os fungos destacam-se com um dos mais numerosos seres vivos existentes na terra. Atualmente são conhecidas mais de 77.000 espécies, a maioria das quais, terrestres. Muitos deles ainda não foram estudados, sabe-se que a grande maioria são biodegradadores naturais e encontram as substâncias necessárias para o seu desenvolvimento na natureza, na forma de macromoléculas, as quais precisam ser degradadas em unidades monoméricas, antes de serem incorporadas em nível celular.    Dentre esses compostos, estão os polissacarídeos, proteínas, ácidos nucléicos, lignina, lipídeos e outros, os quais são transportados através da membrana plasmática como compostos de baixo peso molecular.        Para tal, eles secretam exoenzimas, as quais hidrolisam essas macromoléculas até que elas atinjam a forma e a solubilidade necessária para que sejam transportadas pela membrana (PUTZKE;PUTZKE, 2002).     Neste grupo destacam–se as amilases, pectinases, xilanases, celulases, hemicelulases e proteases, enzimas importantes, utilizadas em diversos processos industriais.

 Um grande número de fungos filamentosos teve seu genoma completamente sequenciado e depositado em bancos de dados, mas poucos deles foram estudados. Eles constituem, atualmente, uma larga fonte de sequências que podem codificar proteínas de importante interesse, tais como as enzimas responsáveis pela eficiente degradação da biomassa terrestre, dentre eles, pode-se citar Aspergillusclavatus, Aspergillusflavus, Aspergillusterreus, Neosartoryafischeri, dentre outras espécies.

 A otimização da produção dessas enzimas em larga escala, ainda consiste em um desafio a ser superado. Atualmente, alguns sistemas de expressão estão sendo largamente estudados, dentre eles, os clássicos como a bactéria Gram negativa Escherichia coli, e também sistemas alternativos como a levedura metilotróficaPichia pastoris e fungos filamentosos. Este último sistema vem ganhando grande aceitação como organismo hospedeiro na produção de proteínas heterólogas ou homólogas de interesse industrial, devido à eficiência do processo, sendo que o rendimento da produção é da ordem de gramas por litro (MACAULEY-PATRICK et al.,2005).

 Outra estratégia muito empregada pelos pesquisadores com a finalidade de otimizar a utilização dessas enzimas de interesse industrial, é a imobilização enzimática, que consiste no confinamento de enzimas em suportes específicos, porém,  com a manutenção de sua atividade catalítica, promovendo a estabilização e o reaproveitamento desses biocatalisadores nos processos industriais (PESSELA et al., 2007).

© SemBiUS por J. Yoshimoto. Criado com tecnologia Wix.

bottom of page