Morfologia e evolução das tartarugas - Gabriel Ferreira

 

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Palestra 4. 19/05, 10h30 – 12h

 

A linhagem Testudines, chamado vulgarmente de “tartarugas”, inclui também o que conhecemos por “jabutis” e “cágados”, isto é, tartarugas terrestres e de água doce, respectivamente, além das tartarugas marinhas. Os peculiares animais deste grupo são facilmente reconhecidos pela presença de uma cobertura óssea em torno de seu corpo, formada por uma carapaça dorsal e um plastrão ventral, além de um bico córneo no lugar de dentes. Com mais de 300 espécies viventes, este grupo de amniotas, que surge durante o Triássico Superior, há aproximadamente 210 milhões de anos, apresentou uma diversidade ainda maior de formas durante o passado. Os Testudines têm atraído bastante atenção dos pesquisadores, principalmente em estudos sobre as relações filogenéticas e evolução morfológica, uma vez que seu plano corporal bastante modificado em relação aos outros amniotas dificulta o estabelecimento de seu posicionamento filogenético, e oferece um modelo único para o estudo do surgimento e modificação da morfologia em vertebrados. Apesar de boa parte das pesquisas com tartarugas em Biologia Comparada estarem focadas na origem do grupo, muitos tópicos interessantes sobre a própria linhagem permanecem em aberto. Os dois principais grupos dentro de Testudines, Cryptodira e Pleurodira, são reconhecidos desde o século XIX e identificados pelo modo de recolhimento da cabeça e do pescoço para dentro do casco, entre outras características. Entretanto, resultados de estudos recentes sugerem que as relações filogenéticas entre estes dois subgrupos podem não ser tão consensuais como antes se pensava. Isto faz com que novos cenários alternativos para o surgimento da morfologia de cada um desses grupos estejam disponíveis para a investigação. Esta palestra tem como objetivo apresentar as peculiaridades da morfologia e da evoluçãodas tartarugas e sua relevância para os estudos na área da Biologia Comparada.